Fábula de Monteiro Lobato
Um veadinho, fugindo dos caçadores, escondeu-se num estábulo.
Ele pediu às vacas que o não denunciassem, prometendo em troca do asilo, mil coisas. As vacas mugiram respondendo que “sim” e o fugitivo agachou-se num cantinho.
Vieram à tarde os tratadores, com os feixes de capim e a cana picada. Encheram as manjedouras e saíram.
Veio também, fiscalizar o serviço, o administrador da fazenda. Correu os olhos por tudo e foi-se. O veadinho respirou.
— Vejo que este lugar é seguro — disse ele. — Os homens entram e saem sem perceber coisa nenhuma.
Uma vaca, porém, o avisou:
— O perigo, meu caro, é que apareça por aqui o bicho de Cem-Olhos…
— Quê? — exclamou o veado. — Há disso?
— Há, sim. Chama-se Dono. É um que, quando aparece, tudo vê, tudo descobre, desde o menor carrapato do nosso lombo até o sal que o tratador nos furta. Se ele vem, amigo, tu estás perdido!
Não demorou muito, surge Cem-Olhos. Vê aranhas no teto e interpela os homens da lida:
— Por que não tiram isso?
Vê um cocho rachado:
— Consertem este cocho.
Vê o chão mal limpo:
— Vassoura, aqui!
E está claro que também viu as pontas do chifre do veadinho.
— Que história é essa? Chifre de veado entre vacas?
Aproximou-se e descobriu o pobrezinho.
Conselho de vó: É o olho do dono que engorda a vaca!
***
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