Fábula de Figueiredo Pimentel

A Onça e a Raposa foram, por muito tempo, amigas inseparáveis. Um dia, porém, tiveram uma briga muito feia e nunca mais se falaram, a Onça ficou tão brava e jurou pegar a Raposa.

Desde este dia a Raposa fugia da Onça e não havia meio de ser encontrada.

A Onça já tinha tentado de tudo e resolveu se fingir de morta para ver se a Raposa vinha no seu enterro.

A Onça então, deitou-se esticada de barriga para cima. A notícia correu logo na floresta e todos os animais iam ver a defunta Onça.

A Raposa, ao saber do acontecido foi ver também. Ela chegou perto e falou:

– Então, a onça está morta de verdade?

– Está –  respondeu o macaco.

– Ela já arrotou? – perguntou a raposa.

– Ainda não, disse o lagarto. Por quê? Quando a gente morre costuma arrotar?

– Pois você não sabia? O meu defunto avô, quando faleceu, arrotou três vezes – respondeu a raposa.

A onça ouvindo aquilo, arrotou.

– Os mortos não arrotam! –  exclamou a raposa – correndo.

Desesperada por ver que o seu plano falhara, a onça levantou-se e correu para pegar a Raposa, mas ela já estava longe.

***

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Maria Cecilia

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