Folclore brasileiro

Há muito tempo, antes da Mãe d’Água comandar os rios e os mares, os animais viviam se gabando de suas qualidades.

A coruja proclamava a sua inteligência, o sabiá a sua linda voz, a cobra o seu veneno mortal, o macaco a sua agilidade. Porém, o boi não sabia de qual qualidade podia se gabar. Na verdade, ele achava que não tinha nenhuma e vivia triste por isso.

Ele se achava desengonçado e lerdo, não se achava muito inteligente, nem ágil.

Um dia, estava à beira de um igarapé e, quando foi beber água, viu o seu reflexo. Ele ficou impressionado com o animal que via e curioso para conhecê-lo. Sem pensar direito, pulou na água.

Tupã, vendo a situação, ficou compadecido da inocência do boi e para que não morresse afogado, o transformou em um peixe, mas preservando as suas características bovinas.

Esse foi o primeiro peixe-boi, um animal dócil que hoje povoa os rios da Amazônia.

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Maria Cecilia

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