História de Hans Christian Andersen
O ESPELHO E OS SEUS FRAGMENTOS
Era uma vez um demônio muito ruim, um dos piores que podia existir. Seu nome era Hobgoblin. Ele estava muito feliz porque havia inventado um espelho que fazia todas as coisas boas que fossem refletidas nele, encolher até quase sumir.
Esse espelho também fazia todas as coisas ruins crescerem e se destacarem até parecerem muito piores do que eram.
O espelho transformava as mais belas paisagens em algo parecido com espinafre cozido. Se uma pessoa tivesse uma pequena espinha no rosto, no espelho ela ocupava o rosto inteiro até que a pessoa parecesse deformada.
– Isso é muito divertido! – dizia o demônio.
O demônio tinha uma escola e os seus estudantes trabalhavam para levar o espelho para todos os lugares possíveis, até que não existisse uma única pessoa que não tivesse uma imagem distorcida de tudo.
Esses estudantes de demônios eram tão atrevidos que resolveram levar esse espelho para o céu, para zombar dos anjos.
Mas no caminho um aluno descuidado deixou cair o espelho e ele se espatifou pela terra, em bilhões de pedacinhos tão finos como os grãos de areia.
Esses grãos se espalharam por toda a terra e alguns desses pedacinhos acabaram entrando nos olhos das pessoas, que agora distorciam tudo o que viam.
Em outros casos eram aspirados e, pela respiração, acabaram parando no coração, agora essas pessoas tinham um coração duro e frio como o gelo.
Vendo o que havia acontecido, Hobgoblin riu tanto que quase se partiu em dois pedaços. Nem em seus sonhos mais malignos ele poderia prever um final melhor para o seu invento.
(esta história tem sete capítulos, os demais serão publicados nos próximos dias)
***
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