História dos Irmãos Grimm
Havia um lenhador muito pobre, era viúvo e tinha um único filho. Durante toda sua vida trabalhou de sol a sol e assim conseguiu juntar dinheiro para que seu filho entrasse na faculdade de direito.
O jovem se mudou para a cidade grande para estudar, porém o dinheiro foi suficiente somente para um ano de estudo e, depois disso, não tendo como continuar, voltou para casa de seu pai.
O velho homem ficou muito chateado por não ter mais dinheiro para que o rapaz continuasse estudando.
– Não te aborreça meu pai, um dia voltarei aos meus estudos, por enquanto vou te ajudar a cortar lenha para que possamos ter mais dinheiro em casa.
– Agradeço a ajuda meu filho, mas somente tenho um machado.
– Então peça ao vizinho que me empreste um até que eu possa comprar o meu para trabalhar.
O pai pediu o machado do vizinho emprestado e no dia seguinte, bem cedo, os dois foram juntos para a floresta.
Os dois cortaram lenha durante a manhã toda e então o pai falou:
– Vamos descansar um pouco e almoçar, à tarde continuaremos.
– Não quero descansar, vou comer e depois quero andar um pouco pela floresta para conhecer o lugar.
– Se ficar andando à toa, gastará sua energia e depois não conseguirá trabalhar.
O filho, porém, não deu ouvidos ao pai e saiu para uma volta. Depois de muito andar, viu um grande carvalho, onde o tronco poderia ser abraçado por cinco homens, ficou observando a beleza da árvore quando, de repente, ouviu uma voz:
– Me solte daqui!!! Me solte daqui!!!
Ele olhou para todos os lados, mas não viu nada, teve a impressão de que a voz saia do chão, entre as raízes do carvalho.
O rapaz começou a tirar as folhas e revolver a terra, procurando entre as raízes quando encontrou uma garrafa. Ergueu-a contra a luz e viu que algo se movia dentro dela.
– Me solte daqui!!!
Então, ele abriu a garrafa e uma fumaça fininha começou a sair de dentro dela. A fumaça foi crescendo, crescendo e um gigante horroroso apareceu à sua frente.
– Sabe o que te espera por ter me soltado?
– Não, quem é você?
– Sou um espírito prisioneiro e tenho que te torcer o pescoço! – gritou o gigante.
– Mas isso não é justo, devia ter me avisado antes sobre as consequências de te soltar, você pediu a minha ajuda e eu ajudei.
– Acha que sou bom, por que pensa que fiquei tanto tempo preso a esta garrafa? Sou mau e você terá o seu castigo.
– Devagar! Não tenha tanta pressa! Antes de mais nada, preciso saber se realmente estava dentro da garrafa, se é de verdade um espírito, se está aqui em consequência de um ato meu ou não.
– Como assim? Pois não viu tudo o que aconteceu?
– Preciso de provas! Se conseguir entrar e sair novamente da garrafa, acreditarei que o fato de você estar aqui, foi consequência de um ato meu, e então serei culpado e terei que pagar pelo que fiz.
– Isso é fácil de provar! – falou o espírito.
Então ele começou a encolher, virou fumaça novamente e foi entrando devagar na garrafa.
Assim que ele entrou completamente, bem rápido o rapaz fechou a garrafa novamente com a rolha.
O espírito começou a gritar novamente:
– Solte-me!!! Solte-me!!!
– Nem pensar, não cairei nessa pela segunda vez. Você atentou contra a minha vida, sei que fará novamente.
– Se me soltar eu te darei um presente com o qual poderá ter riquezas e saúde por toda a sua vida.
– E como vou saber se não está mentindo?
– Te prometo! Te juro! Um juramento de um espírito não pode ser quebrado, da outra vez foi diferente.
– Promete também que não me fará mal, nem atentará contra mim ou meu pai?
– Prometo!!!
O rapaz pensou e resolveu arriscar. Destapou a garrafa e o espírito saiu como da outra vez.
Então o gigante entregou ao rapaz uma pequena varinha e explicou:
– Tudo o que você tocar com este lado da varinha será transformado em ouro e tudo o que você tocar com o outro lado da varinha será curado no mesmo instante.
– Está bem, mas antes tenho que testar.
Ele se aproximou de uma árvore, lhe deu uma machadada e depois tocou com a varinha, no mesmo instante ela ficou curada.
Depois ele tocou o machado com o outro lado da varinha e ele se transformou em ouro no mesmo momento.
O espírito agradeceu a ajuda, eles se despediram e o rapaz voltou para junto de seu pai.
– O que você estava fazendo? Por que demorou tanto? – falou o pai.
– Não se preocupe que o tempo que gastei foi de grande ajuda.
Então o rapaz pegou o machado que havia transformado em ouro, bateu-o com muita força em uma árvore e o machado imediatamente ficou deformado.
O pai levou um susto e começou a brigar com o filho por ter estragado o machado do vizinho.
– Não brigue comigo, meu pai, vamos embora, estamos ricos!!!
O pai não entendeu nada, mas seguiu o filho. O rapaz vendeu o machado de ouro e, com o dinheiro, comprou um machado novinho em folha para o vizinho. Com o dinheiro que sobrou puderam viver confortavelmente por muito tempo. Depois disso, toda vez que precisavam de algo era só usar a varinha. E, para completar, nunca mais ficaram doentes.
***
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Gostei muito desse site. Foi com alegria que conheci através do conto Heungbu e lóbulo mais um pouco da cultura asiático, muito obrigada.
Gostei muito desse site. Foi com alegria que conheci através do conto Heungbu e lóbulo mais um pouco da cultura asiático, muito obrigada.