Adaptação de história de Antoine Galland
Era uma vez um alfaiate chamado Mustapha que tinha um filho, Aladim. O rapaz era imprudente e não gostava de trabalhar. Um dia Mustapha ficou doente e faleceu deixando Aladim e sua mãe.
Aladim estava nas ruas com seus amigos quando um homem se aproximou dele e falou:
– Você é filho de Mustapha, o alfaiate, não é?
– Sim, senhor, mas ele já faleceu – respondeu o rapaz
Então o homem falou:
– Sou seu tio, o reconheci pela semelhança com meu irmão.
Aladim correu para sua casa e contou à sua mãe sobre o encontro com o seu tio. Sua mãe se lembrou que seu marido havia contado desse irmão que havia viajado para o exterior muitos anos antes de Aladim nascer.
Naquela mesma noite, ela preparou um jantar para o cunhado.
Enquanto jantavam Mustapha perguntou a Aladim qual era a sua ocupação e Aladim somente abaixou a cabeça, pois não tinha aprendido a profissão do pai nem qualquer outra.
No dia seguinte o tio trouxe para o sobrinho uma roupa muito elegante, disse à sua mãe que o levaria para ensinar-lhe um ofício e que eles demorariam para voltar. Sua mãe ficou feliz em ver o filho tão bem vestido.
Eles caminharam para fora dos muros da cidade e Aladim já estava cansado, mas o tio não queria parar tão cedo. Quando já estava entardecendo chegaram às montanhas e o tio falou:
– Vamos parar por aqui, quero lhe mostrar algo maravilhoso. Primeiro pegue alguns gravetos que vou fazer uma fogueira.
Quando a fogueira estava acesa, Mustapha jogou no fogo um pó que tinha consigo e ao mesmo tempo falou algumas palavras que Aladim não compreendeu. No mesmo momento a terra tremeu e, diante deles se abriu um buraco, revelando uma grande pedra.
Aladim se assustou com o que viu e tentou correr, mas no mesmo momento o tio o agarrou e o jogou no chão. Aladim não estava entendendo nada.
O que ele não sabia era que o tio era um mago muito malvado e que só tinha trazido o rapaz para aquele lugar para utilizá-lo como parte de seu plano.
– O que está acontecendo? – perguntou o rapaz.
– Somente me obedeça! Sob essa pedra há um tesouro, mas eu não posso tocá-lo. Você irá abrir uma porta nessa pedra puxando aquela argola. Aparecerá uma escada e você descerá por ela. Lá embaixo haverá uma porta aberta que levará a um salão cheio de tesouros, não toque em nada. Passe pelo salão e você chegará a um jardim cheio de árvores frutíferas. Depois do jardim você encontrará uma lâmpada. Tire o óleo dela e a traga para mim.
Aladim fez tudo o que o tio havia mandado, mas ficou desconfiado que Mustapha o prenderia naquela caverna assim que ele lhe entregasse a lâmpada. Então, quando voltou para a entrada, o tio pediu ao rapaz que lhe jogasse a lâmpada, mas Aladim falou:
– Só entregarei quando estiver fora da caverna!
O mago ficou furioso e a gritou palavras terríveis, mas Aladim ficou firme e disse que não a jogaria.
Muito irritado o mago jogou mais pó na fogueira, a terra tremeu novamente e entrada começou a se fechar.
– Se não quer sair então fique aí e morra!!!
O mago sabia que quem pega a lâmpada não pode sair da caverna então escolheu um rapaz tolo para fazer o serviço e em seguida o deixaria para morrer lá embaixo, mas seus planos deram errado e agora ele teria que encontrar outra pessoa para fazer isso.
Durante dois dias Aladim ficou só, no escuro, chorando e se lamentando. Quando sentiu fome foi ao jardim para comer algumas frutas, mas assim que era colhidas, se transformavam em pedras preciosas.
Cansado, com sede e fome, Aladim começou a rezar e a pensar qual seria a razão do mago querer tanto aquela lâmpada. Ao analisá-la com as mãos para tentar entender, de repente, de dentro dela saiu uma nuvem que se transformou em um gênio.
– Sou o gênio da lâmpada e escravo de quem a possuir, o que quer de mim? Peça e realizarei!
– Quero sair deste lugar e voltar para minha mãe!
Nesse mesmo momento a terra se abriu e Aladim saiu levando consigo a lâmpada. Ele correu o mais rápido que pode e voltou para sua casa.
Chegando lá, contou tudo o que aconteceu à sua mãe que, a princípio desconfiou do rapaz, mas então Aladim lembrou que havia colocado algumas pedras preciosas no bolso e mostrou a ela.
Com medo de que o mago voltasse, eles resolveram fugir daquela cidade. Venderam as pedras e foram embora com os bolsos cheios de dinheiro para começar a vida em outro lugar.
Sempre que o dinheiro acabava, eles chamavam o gênio e pediam o que queriam. Dessa maneira seguiram suas vidas por algum tempo.
Certo dia, Aladim estava andando pelo mercado da cidade quando os guardas do sultão anunciaram que a princesa passaria por aquele lugar. Todos imediatamente pararam o que estavam fazendo, abriram caminho e se curvaram para que ela passasse em sua liteira. Todos sabiam que não podiam olhar para a princesa, mas Aladim não sabia dessa lei e levantou os olhos para vê-la passar. No mesmo instante ficou completamente apaixonado por ela.
Quando voltou para casa ficou falando para sua mãe sobre a beleza da moça, do quanto a amava e que queria se casar com ela. Sua mãe ficou assustada com a atitude do filho, mas resolveu ajudá-lo.
Eles esfregaram a lâmpada e ela pediu ao gênio que lhe desse uma roupa tão bonita e ornamentada como as que os mais ricos usavam, depois pediu uma arca cheia de joias e pedras preciosas, uma liteira e servos para que a levassem até ao palácio do sultão.
Chegando lá, ela pediu para falar com o pai da princesa e seu pedido só foi aceito depois que ela mostrou a arca cheia de tesouros.
– Diga o que quer, mulher! – falou o sultão.
– Meu filho quer se casar com sua filha! Já tentei fazê-lo esquecê-la, mas ele não consegue. Peço sua aprovação e, para mostrar que meu filho está à altura de sua filha, lhe trouxe de presente esta arca cheia de tesouros.
O sultão ficou impressionado, mas ainda não sabia quem era aquela mulher e se era realmente digna para que ele entregasse sua filha em casamento ao seu filho. Então, ele pediu que lhe desse três meses para pensar sobre o casamento.
Quando havia passado dois meses, a mãe de Aladim chegou em casa correndo para contar ao filho que tinha escutado nas ruas do mercado que a princesa iria se casar com o filho do vizir do sultão.
Ela estava muito brava porque o sultão não havia cumprido a sua palavra de esperar por três meses para que ele pensasse sobre o casamento.
Mas ela tinha um plano, chamaram o gênio e pediram que ele construísse para eles um lindo palácio, cheio de servos e decorado com ouro e pedras preciosas. Depois disso aguardaram pelo dia do casamento para colocarem o seu plano em ação.
Na noite de núpcias da princesa, Aladim chamou o gênio e pediu:
– Quero que leve o noivo para o meio do deserto e me coloque no quarto da princesa em seu lugar!
Assim o gênio fez e, ao ver que quem estava em seu quarto não era seu marido e sim um desconhecido, a princesa levou um susto. Aladim se apresentou e pediu que ela tivesse calma que ele explicaria tudo.
Ele contou toda a sua história e ela ficou feliz por ele ter aparecido porque ela não queria ter se casado com o filho do vizir. Eles passaram a noite toda conversando. Quando amanheceu ele voltou para sua casa e o noivo voltou para o quarto, completamente apavorado com o que tinha acontecido.
A princesa falou a ele que tinha sido um sonho e que ele havia dormido assim que eles entraram no quarto.
Nas três noites seguidas Aladim fez a mesma coisa e os dois passaram as noites conversando. Para alegria de Aladim ela também estava gostando dele.
Na manhã seguinte da terceira noite, o noivo estava tão apavorado com o que estava acontecendo que foi pedir ao sultão para anular o casamento.
Todos ficaram assustados com o acontecido e não entendiam como o filho do vizir podia fazer esse pedido após três dias de casado.
Então, após a anulação, a mãe de Aladim voltou a falar o com o sultão sobre o casamento de seu filho com a princesa.
O sultão aceitou no mesmo momento, pois todos estavam achando que a princesa tinha algum problema tão grave que havia apavorado seu noivo e o sultão achava que por isso sua filha nunca mais encontraria um noivo disposto a se casar com ela.
Eles levaram o sultão para conhecer o seu palácio e em pouco tempo o casamento foi realizado, como desejado por Aladim e pela princesa.
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Minha esmeralda dormiu 🥰🥰🥰🥰
Parabéns pela iniciativa de disponibilizar um site so de histórias infantis, acho que ja li quase a metade delas pra minha filha
Agradeço imensamente por acompanhar o site!