A pedra mágica

Autor desconhecido

Há muito tempo, um sábio alquimista se empenhou para criar uma pedra filosofal, que fosse capaz de transformar qualquer metal em ouro.

O alquimista queria muito enriquecer, mas além disso queria alcançar um feito que nunca haviam feito antes.

Por muitos anos ele trabalhou, estudando os mistérios da natureza e depois de treze anos de tentativas e erros ele conseguiu o que queria.

No início ele ficou deslumbrado pela sua descoberta e assim ficou muito rico, mas depois de um tempo ele percebeu que o desafio de criar a pedra tinha lhe dado mais felicidade do que possui-la e possuir toda a riqueza que desejasse.

Então, um dia jogou a pedra em uma montanha para que alguém a encontrasse, pois ela não lhe interessava mais.

A notícia que a pedra havia sido jogada na montanha se espalhou e muitos tentaram encontra-la, sem sucesso.

Muitos anos se passaram e ninguém mais a procurava.

Um dia, a história da pedra filosofal chegou aos ouvidos de um homem que vivia muito triste, ele não saia de sua casa há muitos anos e nada no mundo lhe dava alegria.

Esse homem, deslumbrado pela possibilidade de possuir tal pedra saiu em peregrinação até a montanha para procurá-la.

Encontrar a pedra se tornou sua obsessão e ele não pensava em outra coisa.

Ele acampou no pé da montanha e todos os dias recolhia pedras, as tocava na fivela do seu cinto, esperava um momento e vendo que nada acontecia pegava outra pedra.

Todos os dias ele caminhava quilômetros pela montanha e testava centenas de pedras em vão.

Depois de oito anos de procura, em um dia muito quente, ele resolveu dormir à sombra de um salgueiro, pois estava muito cansado.

Quando acordou percebeu que a fivela do seu cinto tinha se transformado em ouro.

Primeiro ele ficou muito feliz, mas percebeu que não se lembrava qual pedra havia tocado no cinto antes de dormir. Lembrou também que estava tão acostumado a tocar as pedras no cinto e fazia isso tão automaticamente que nem parava para ver se o cinto se transformava em ouro.

Ele percebeu que a transformação podia ter acontecido naquele dia, ou há uma semana, ou há alguns anos, não sabia.

Ele viu que estava no caminho certo, que tinha feito o certo, mas ao mesmo tempo estava cego e completamente perdido.

Conselho de vó: Muitas vezes estamos cegos em busca da felicidade, fazemos milhares de coisas de forma automática com o intuito de alcançá-la, mas nossa cegueira espiritual não nos deixa ver que já a conquistamos e não conseguimos perceber.

***

Ajude esse site a se manter no ar

Clique aqui para ler a história O mito da alma gêmea

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *