História russa
Era uma vez duas irmãs muito diferentes uma da outra, a mais velha era igual sua mãe, tanto na aparência, quanto na personalidade, a mais nova, Nikita era parecida com o pai, principalmente no seu temperamento bondoso.
Um dia as duas ganharam do pai, um peixinho cada uma. A irmã mais velha, matou, fritou e comeu o seu peixinho.
Nikita resolveu perguntar a seu peixe o que ele queria que ela fizesse. Para sua surpresa e espanto o peixe respondeu:
– Não me coma!!! Me coloque no rio que eu quero viver, prometo que vou te ajudar quando estiver precisando.
Nikita, assustada com a situação, resolveu atender o pedido do peixe e o colocou no rio.
A mãe das moças sempre tratava a irmã mais velha muito melhor que a irmã mais nova, comprava para ela lindos vestido e sapatos. Também a levava a missa todo domingo.
Para Nikita, além de não comprar nada, ainda a obrigava a fazer o trabalho doméstico mais pesado.
– Vá moer o trigo que eu e sua irmã vamos à missa! – falou a mãe.
Triste com o tratamento que recebia, ela foi até o rio e desabafou com o seu peixinho.
– Eu queria ter lindos vestidos e sapatos como minha irmã e poder ir à missa com elas.
– Não se preocupe – falou o peixinho – vou te dar uma bela roupa e sapato e você poderá ir à missa.
O peixe fez sua mágica e ela se viu em um lindo vestido rosa de veludo e um par de sapatos dourados.
Toda feliz, Nikita foi a missa. Ela estava tão linda que nem sua mãe e sua irmã a reconheceram. Todos ficaram encantados com a beleza da moça.
O príncipe do reino estava na missa e ficou apaixonado por ela. Assim que o culto acabou, ela voltou correndo para casa e vestiu suas roupas simples e para sua surpresa o trigo estava moído.
Nas semanas seguintes aconteceu a mesma coisa, em cada semana o peixe lhe dava um vestido mais bonito que o outro.
O príncipe tomou coragem foi falar com Nikita antes de ela ir embora. Ele declarou o seu amor e a pediu em casamento. Ele ficou ainda mais apaixonado quando descobriu que ela era uma moça bondosa. Eles se casaram e foram muito felizes.
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