Me chamo Maria Cecília e nesta foto estamos eu e minha avó Conceição.
Sempre fomos muito unidas, tudo por causa de um costume muito lindo que ela tinha, que era o de me contar histórias.
Minha avó nasceu em um sítio de uma cidade muito pequena de Minas Gerais, onde não tinha energia elétrica, televisão ou qualquer outra diversão.
Suas distrações eram as conversas em volta do fogão a lenha, as festas de santos e as quermesses da igreja.
Muito nova ela aprendeu a costurar e esta foi a sua profissão até se casar.
Ela dizia que se casou muito tarde, que já tinha “ficado pra titia”, aos 23 anos.
Ela não era uma grande cozinheira, não fazia pratos muito chiques, mas cozinhava o tempo todo quando eu estava em sua casa.
Ficava o tempo todo me oferecendo comidas, lanches, frutas e doces. Era o jeito dela de dar amor…
Minha avó era muito positiva e sempre acreditava nos meus sonhos e nos sonhos de todas as pessoas a sua volta.
Tenho muitas memórias lindas com minha avó, mas ela é sempre lembrada pelo costume que tinha de me contar histórias.
Sempre esperava ansiosa para ir visitá-la e poder ouvir suas histórias de príncipes, princesas, reis, ogros e magos poderosos.
Tinha ainda as histórias de assombração, lobisomem, alma penada e a mula-sem-cabeça que ela me contou que viu pessoalmente.
Nesse link você pode ler a história da mula sem cabeça.
Eu ficava de cabelo em pé. Mas sempre queria ouvir mais.
Contar histórias cria uma conexão muito grande entre as pessoas. Além de ensinar lições preciosas para a vida.
Vejo em minha vida o quanto isso me influenciou e o quanto estas histórias nos uniu a ponto de até hoje me lembrar de todas as lições que aprendi ouvindo cada uma delas.
Mesmo depois do falecimento de minha avó, ela continua viva em minha vida. Resolvi escrever as histórias que minha avó contava como forma de homenageá-la, mas também para compartilhar os momentos lindos que vivi escutando cada uma delas.
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