Lenda indígena
Iara era uma índia tupi-guarani que vivia em uma tribo, junto de sua família. Era filha de um pajé e, por todos, considerada a índia mais bonita de toda a região. Ela também tinha uma voz maravilhosa e encantava a todos quando cantava.
Porém, sua beleza sempre trouxe muitos problemas para ela.
Seus irmãos e irmãs a invejavam e sempre faziam coisas para prejudicá-la e colocá-la em horríveis situações. Eles não se conformavam que ela sempre tivesse a atenção dos pais e fosse tão elogiada por eles. Iara no entanto, era muito esperta e sempre conseguia se livrar das dificuldades em que os seus irmãos a colocavam.
Um dia, cheios de raiva, eles resolveram matá-la e sumir com seu corpo para que nunca fosse encontrada.
Seus irmãos preparam um plano maligno e o colocaram em ação. Mas Iara era muito esperta, percebeu a emboscada que haviam preparado, conseguiu se libertar e ainda matou seus irmãos.
Quando o pajé ficou sabendo, ficou irado e como castigo, jogou Iara no Rio Negro em uma noite de lua cheia para que ela morresse afogada.
Ela quase morreu, mas no último minuto foi salva pelos peixes que a transformaram em sereia.
Desde este dia, toda noite de lua cheia, qualquer um pode ouvir seus cantos. Muitos são atraídos pela melodia e acabam morrendo afogados.
Os poucos que conseguem escapar ficam completamente loucos e somente com a ajuda de um pajé pode-se reverter o feitiço.
Dizem que ela ainda costuma se sentar nas pedras do rio para pentear seus cabelos e apreciar sua beleza refletida nas águas.
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