O corcunda de Notre-Dame

História de Victor Hugo

Era uma vez, na cidade de Paris, um bebê que nasceu diferente dos outros bebês, ele tinha as costas tortas e o rosto deformado. A sua família, sem saber o que fazer e sem ter condições de criá-lo, o abandonou nas escadas da Catedral de Notre-Dame, em Paris.

Na igreja, foi acolhido pelo Arcebispo Frollo que o chamou de Quasímodo. Ele cresceu forte e era um rapaz muito bom e amável, tinha vontade de conhecer o mundo, mas, por medo de que a sua aparência assustasse as pessoas, o Arcebispo o mantinha preso na torre dos sinos da catedral e lá, ele era responsável por tocar os sinos da igreja.

O arcebispo Frollo dizia a Quasímodo que ele era um monstro e que se ele saísse da torre as pessoas iriam odiá-lo.

Lá de cima o rapaz via a cidade, via as pessoas, acompanhava o movimento, mas nunca interagia com ninguém, sempre se sentia sozinho.

Ele gostava muito de ver, todos os dias, a cigana Esmeralda dançando em frente à catedral em troca de dinheiro. Ele a achava a mulher mais bonita do mundo e sonhava com o dia em que poderia conhecê-la. 

Esmeralda era apaixonada por um soldado chamado Febo.

Todos os anos acontecia o Festival dos Tolos nas ruas de Paris e Quasímodo adorava as músicas, as danças e o movimento. Ele queria muito ir ao festival, mas tinha muito medo por causa das palavras do arcebispo.

Porém, queria muito ver a dançarina Esmeralda de perto e falar com ela.

Ele tomou coragem e fugiu da torre, misturou-se com a multidão e, para a sua alegria, ninguém o chamou de monstro. Ele se aproximou de Esmeralda e pode vê-la dançando bem de perto. Esmeralda, ao ver Quasímodo na multidão se compadeceu dele pela sua aparência.

De repente, algumas pessoas começaram a empurrá-lo para subir no palco e ele não entendia o que estava acontecendo. Por fim, ele foi declarado o Rei da Festa dos Tolos e ganhou uma coroa, todos riram muito e começaram a zombar dele. Quasímodo não sabia o que fazer, ficou confuso com todo aquele barulho.

Esmeralda o resgatou do palco e o levou para a catedral. O arcebispo Frollo ficou muito bravo com Quasímodo e o amarrou na torre para que ele não fugisse mais.

A cigana esmeralda ficou muito triste quando soube que o rapaz estava amarrado na torre e usou de toda a sua esperteza para conseguir libertá-lo da torre.

Quando o arcebispo ficou sabendo o que Esmeralda tinha feito ficou furioso, chamou o soldado Febo e ordenou que ele prendesse a cigana.

Sem terem onde se esconder Quasímodo levou a cigana de volta à torre da catedral e a escondeu lá.

Febo se negou a perseguir Esmeralda, mas teve que fugir da ira do arcebispo Frollo que acabou encontrando Esmeralda na torre e a entregou para a polícia. Depois acorrentou Quasímodo na torre de novo.

Quasímodo percebeu que Esmeralda estava em perigo. Então, com toda a sua força, se libertou puxando as correntes com tamanha força, que a torre da catedral estremeceu, os sinos tocaram e as pedras racharam. Depois desceu pelos muros para salvar Esmeralda, trazendo-a sã e salva.

Os ciganos se voltaram contra Frollo e ele não pode mais fazer nenhum mal a Esmeralda, a Febo ou a Quasímodo. Esmeralda contou a todos que o rapaz era um homem bom e ele foi festejado por todos desde então.

Para o povo de Paris, Quasímodo era um grande herói!

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1 comentário em “O corcunda de Notre-Dame”

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